Krishna em O Mahabharata [trad. Jean-Claude Carrière]

"Resiste ao que resiste em ti.
Sê tu mesmo"

domingo, 5 de outubro de 2008

eu devia mesmo era ter feito letras

não sei direito como funcionam as habilitações, mas eu queria é estudar linguística mesmo. literatura tbm, claro, e linguas estrangeiras, mas sempre pra pensar o homem. os homens. diferentes e semelhantes, eu e o outro.

eu devia mesmo era ter feito letras pra fazer depois o mestrado em antropologia. ou o contrário, graduar em antropologia e deipois ser mestre em letras.


será possível alguém ser estruturalista por natureza?


talento para música, bom ouvido, afinação, ritmo regular. habilidade de organização da informação, proto-obcessão com a criação e a identificação de critérios, hierarquias, estruturas semânticas, relações, relativismo. a condição humana. o sentido da vida.



onde entrou design nisso tudo? de onde saíram dois anos de cineasta wannabe ainda antes? de alguma pretensão estrelista de ser artístico que no final das contas se nega? o receio de se entediar com a postura massante dos colegas ou de não ter nenhuma grande perspectiva profissional? a vontade de aparecer?



 ai estruturalismo, ai pós-estruturalismo, ai  desconstrutivismo que eu devia estar estudando e que ainda estou descobrindo que existe... como a gente dá tanta volta pra chegar onde quer?



bom, mas tem a ver com design tbm. tem a ver com uma antropologia do design, uma semântica dos objetos, que no fim das contas é semiologia, mas olhando pra frente. e inclusive identificando e desenvolvendo os métodos de se olhar pra frente, ao usar o design como método, como sistematização da pesquisa, e não apenas como objeto.

acho que se eu chegasse numa profundidade de envolvimento nisso suficientemente rentável, não precisaria sequer sair da academia, ainda que indo muito às ruas, às casas, ao campo, mas nunca se submetendo ao mercado, estudando-o, em paralelo. isso sim é a academia...