Krishna em O Mahabharata [trad. Jean-Claude Carrière]

"Resiste ao que resiste em ti.
Sê tu mesmo"

domingo, 2 de novembro de 2008

Acho que o que interessa mesmo é o pensamento crítico. Não saber os nomes pra saber citar os nomes. Nem necessariamente para produzir grandes conhecimentos em cima disso. Talvez nem mesmo estar sempre apto a dissertar sobre os temas. Mas por questões pessoais, como numa espécie de processo de análise e/ou terapia embasado em filosofia, sociologia e antropologia.


Mesmo que eu nunca cite com propriedade Barthes, Foucault, Deleuze, Derrida, Eco, Merleau-Ponty, Hanna Arendt, Debord, Certeau, Nietzsche, Sartre, Kant, Kafka, Camus, Cortázar, Lacan, Jung, Bourdieu, Baudrillard, Baumman, Heidegger, Habermas, Flusser, Adorno, Benjamin, todos esses nomes me páram toda vez que eu entro numa livraria. E eu quero passar tempo suficiente com cada um deles até que se tornem não familiares, porque isso já o são há tempo suficiente, mas realmene íntimos.


O que importa é poder citá-los para si mesmo, ser capaz de associar suas idéias àquilo que nos se apresenta como realidade. Tentar entender o que eles mesmos entendiam como humanidade.

talvez designer

Imersa no quase absoluto escuro, acesa apenas a tela fria do navegador, a fumaça se desenrolando cinza e branco no mar de preto. era preciso dar um novo ritmo às coisas, acalmar. olhar para as possibilidades e projetos, para as suas próprias convicções com mais calma e ponderação. ser mais comedida em suas afirmativas.

num par de dias a fruição acadêmica, a descoberta de abordagens e campos de estudo, a possibilidade de realizações, uma vontade nova de conduzir seus projetos, de fazer mestrado em design mesmo, quem sabe na puc...



há muito venho me propondo a trabalhar com pesquisa de usuários e inovação e estratégia baseadas em métodos qualitativos. cruza isso com responsabilidade social e sustentabilidade e chegamos a pesquisa e estratégia para o terceiro setor. tenho sim enorme interesse pelo terceiro setor inclusive por inquietações éticas. mas talvez... não necessariamente. também é grande a inclinação para o viés das ciências humanas, seja ele bastante acadêmico ou aplicado ao mercado. Na academia, tenderia até para filosofia, semiologia, pós-modernismo. na prática, uma postura certamente empreendedora, questionadora do sistema e comprometida com o desenvolvimento sustentável e a qualidade de vida. e talvez até o caminho seja mesmo da pesquisa qualitativa, não necessariamente apenas de design. mas também porque negar com tal veemência o design? a atividade de projetação às vezes é sim, bastante estimulante. me intrigam as interações, as novas possibilidades tecnológicas e a integração exponencial do homem com a tecnologia por ele mesmo projetada. a oportunidade de dar forma, de sistematizar e estruturar os objetos, os processos, os sistemas que estão por vir. e a área, como área de conhecimento, sem dúvida tem potencial para os pensamentos mais contemporâneos e até visionários. seja portanto como objeto de estudo, área de atuação prática ou fronteira profissional de frequentes parcerias, reconheço o apreço pela idéia de que o design esteja sempre visível em minha atuação acadêmica e empreendedora.