mas também é possível viver. amar. por egoístas que sejam as possibilitades.
é possível dar-se conta do quanto viver dói. mas também é possível ultrapassar a dor. não estancá-la, nem esquecê-la. overcome.
o mundo lá fora existe. muito maior que o quarto. muito menos familiar. mas que pode e deve ser conquistado. que não deve ser temido. e a vida pode ser muito mais do que sonharam as personagens de contos de fadas. ou os modernistas, economistas e gurus do futuro.
a vida pode ser qualquer coisa. o pato do museu. o maluco que andou até o canadá. as crianças correndo em san marcos sierra, o menino que largou tudo e foi para o alasca, todas essas criaturas livres! monarcas de suas próprias peles.
o controle de sua pópria vida, a protagonista de sua própria narrativa, o anarquismo individualista que se nos coloca como única opção viável. sua formação. anos, pilhas, toneladas de versos e discursos e revoluções e blasfêmias até chegar a você. séculos de gerações e eras dialeticamente se sucedendo até chegar a você.
pequena burguesa. burguesinha. é possível morrer, burguesinha. viver dói. mas também é possível viver, amar, caminhar na praia, fugir pelo mundo afora até domá-lo e voltar. voltar. não mais pequena burguesa, nem desiludida, nem viciada, nada disso.
parar e viver. fazer, afinal, escolhas. ainda que se escolha não mais escolher.
Krishna em O Mahabharata [trad. Jean-Claude Carrière]
"Resiste ao que resiste em ti.
Sê tu mesmo"
Sê tu mesmo"
quinta-feira, 17 de julho de 2008
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