Volta e meia vislumbrava a possibilidade de algo grande. Algo que poderia proporcionar reconhecimento e que preencheria dignamente seus dias, que em troca da produtividade exigida de suas horas lhe retornaria frutos, louros. Algo que poderia ser celebrado.
Mas logo em seguida já estava a pensar noutra coisa. Volta e meia perguntava-se o porque. Perda de interesse, medo de fracassar, preguiça de começar. Explicações possíveis. Aquela grande parte de si preferia achar que acima (ou abaixo) de tudo isso estava a constatação de que não valia a pena. O que também pode ser interpretado como falta de motivação. Mas aquela parte de si preferiria então chamar de falta de sentido.
Mas havia ainda uma pequena parte de si. Que acreditava e preferia dizer que intuia que haveria sim sentido. Em criar, em mover, em construir.
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