De um lado tem esse eu para o público, que se reinventa a cada oportunidade, mas que segue uma regra constante: aparecer. Se possível, ser o centro das atenções, que seja da atenção de um alguém ao menos. E o personagem muda de roupa, de cara, de gestos, até de discurso, pra ganhar a platéia.
Do outro lado tem esse eu que é só meu. Que se esconde, se entoca. Que não sai da cama, que tranca o quarto, que não atende o telefone, que não recebe visitas, que dá desculpa que tá doente e fura com os amigos, que vai ao cinema, ao concerto, à exposição, ao japonês, ao uruguai, argentina e chile sem cogitar chamar alguém pra ir junto.
***
Quando eu estou entre alguéns eu falo alto e sou toda sorrisos. Mas quando eu não to afim de ver ninguém não tem jeito. Não há o que me tire desse quarto.
Krishna em O Mahabharata [trad. Jean-Claude Carrière]
"Resiste ao que resiste em ti.
Sê tu mesmo"
Sê tu mesmo"
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Um comentário:
Gosto das tuas palavras...
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